No final da última década, a
qualidade do alimento passou a ser considerada fator de segurança alimentar e
nutricional, sendo relacionada não só à produção do alimento em quantidade
suficiente e acesso garantido, mas também à promoção do estado de saúde
daqueles que o consomem. O consumo de alimentos orgânicos tem aumentado
consideravelmente no mundo, impulsionado principalmente pela preocupação dos
consumidores com a qualidade dos alimentos.
Um produto orgânico é muito mais que
um alimento “sem agrotóxicos e sem aditivos químicos”, visto que, é o resultado
de um sistema de produção que busca manejar, de forma equilibrada, o solo e os
demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos), conservando-os em
longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e os seres humanos.
Alimentos orgânicos são aqueles, in
natura ou processados, oriundos de sistema no qual se adotam técnicas que
buscam a oferta de alimentos livres de contaminantes intencionais, que
respeitam e protegem o meio ambiente, visando à sustentabilidade ecológica e à
maximização dos benefícios sociais e econômicos. Esses alimentos tendem a ser
livres de contaminantes intencionais, pelo não uso de agrotóxicos (pesticidas),
fertilizantes sintéticos (de organismos geneticamente modificados), aditivos
alimentares (de radiações ionizantes e de hormônios) e pelo uso estritamente
controlado de drogas veterinárias. Assim, pode-se afirmar que esses alimentos
são menos contaminados quimicamente que os convencionais.
O Guia Alimentar para População
Brasileira recomenda o consumo de alimentos orgânicos como uma prática
alimentar saudável. Em adição, o modo de produção vem ao encontro do conceito
de Segurança Alimentar e Nutricional adotado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), ao destacar que as práticas alimentares promotoras de saúde devem ser
social, econômica e ambientalmente sustentável.
Por não utilizar adubos químicos de alta solubilidade e alta concentração, como os adubos nitrogenados (uréia, nitratos de cálcio, sulfato de amônio), potássicos (cloreto de potássio) e fosfatados (superfosfato simples ou triplo), os alimentos orgânicos são mais fibrosos e possuem maior concentração de matéria seca. Por isso, além da qualidade superior, ao comprar alimento orgânico, o consumidor estará levando uma quantidade maior de nutrientes.
Por não utilizar adubos químicos de alta solubilidade e alta concentração, como os adubos nitrogenados (uréia, nitratos de cálcio, sulfato de amônio), potássicos (cloreto de potássio) e fosfatados (superfosfato simples ou triplo), os alimentos orgânicos são mais fibrosos e possuem maior concentração de matéria seca. Por isso, além da qualidade superior, ao comprar alimento orgânico, o consumidor estará levando uma quantidade maior de nutrientes.
Torna-se, portanto, de extrema
relevância o consumo dos orgânicos pelas crianças associado à implantação de
ações de educação em saúde e nutrição. Estas ações podem vir a colaborar com a
compreensão da cadeia produtiva que envolve o alimento orgânico. A promoção na
escola, por exemplo, geraria discussões sobre aspectos sociais de projetos que
visem à manutenção de agricultores agro ecológicos em seus locais de origem,
assim como a valorização de seus hábitos e costumes, a preservação da cultura
local e os aspectos referentes à conservação do meio ambiente.
Deve haver também orientação em
relação à qualidade e fornecimento destes alimentos para não haver risco de
consumir um produto que sofreu contaminação microbiológica durante a produção.
O ideal é optar por aqueles que atendem as exigências para serem considerados
orgânicos, através de inspeções e certificações. Desta forma, a qualidade será
garantida desde a aquisição até o consumo final, colaborando para o bom estado
nutricional e saúde da população infantil.
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