quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Gordura saturada em excesso afeta o cérebro e pode diminuir a saciedade

A gordura saturada causa danos aos neurônios responsáveis pelo apetite.
Para ficar satisfeito com menos comida, recomendação é ingerir mais fibras.



Comer pouco e, mesmo assim, sentir-se satisfeito é uma receita importante para manter ou perder peso. No entanto, existem alguns alimentos que podem “sabotar” essa sensação de saciedade, como por exemplo, a gordura saturada de origem animal.
Pesquisas mostram que essa gordura causa danos e até a morte dos neurônios responsáveis pelo controle do apetite, o que faz a pessoa se sentir menos saciada e com mais fome, como explicou o clínico geral Lício Velloso no Bem Estar desta quarta-feira (7).
Esses neurônios ficam no hipotálamo e precisam ser preservados para que a pessoa se sinta saciada, coma menos e não engorde. Ou seja, além de gastar mais energia do que ingere, é importante evitar a ingestão de gordura saturada e manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e fibras, que ajudam a aumentar a sensação de saciedade.




Para comprovar a ação da gordura nos neurônios, um estudo da Universidade Estadual de Campinas acompanhou 13 obesos que passaram por cirurgia bariátrica e 9 magros – por meio de um exame, foi possível perceber que os obesos têm uma resposta cerebral da saciedade pior e, depois da cirurgia, essa resposta melhorou em alguns casos, mas nunca 100% porque provavelmente já houve perda de neurônios.

Isso acontece porque o sistema imunológico interpreta a gordura saturada como um potencial risco já que certas bactérias prejudiciais ao corpo têm o mesmo tipo de gordura. Por isso, são produzidas citocinas para matar essa ameaça, o que causa uma inflamação e a perda dos neurônios. Com isso, a pessoa acaba comendo mais e tem o risco maior de desenvolver obesidade e todas as doenças associadas a ela, como diabetes, hipertensão, aterosclerose e até alguns tipos de câncer.

Entre os alimentos que têm esse tipo de gordura e devem ser evitados, estão o bacon, bolos industrializados, biscoitos, chantilly e creme de leite. Por outro lado, existem os alimentos com fibras, que aumentam a sensação de saciedade já que demandam um tempo maior de digestão.
A dica dos especialistas, portanto, é preferir cereais integrais, frutas com casca, verduras, legumes e também fontes de proteína, como iogurtes desnatados, queijos, carnes, ovos e castanhas. Além disso, opções como farelo de trigo, aveia e chia também são benéficas para serem associadas às refeições.
Outra dica importante é fatiar os pedaços de alimento no prato – segundo o endocrinologistaAlfredo Halpern, isso dá a impressão de maior quantidade de comida e obriga a pessoa comer mais devagar. O fato de comer devagar, inclusive, é muito importante para ficar mais satisfeito no fim da refeição, como explicaram os especialistas.

Ao contrário do que a maioria pensa, ingerir vegetais e queijo na hora do lanche aumentam muito mais a saciedade do que lanches calóricos. Antes das refeições principais, a recomendação é tomar um copo de água ou um líquido com baixa caloria, como chás, ou comer um prato de sopa de legumes, por exemplo, para sentar à mesa com menos fome e, assim, evitar excessos.

Fonte: Do G1, em São Paulo

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O que é Fadiga Crônica?


Por Dra. Tatiana Cunha
  
              A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma moléstia complexa que já recebeu nos dois últimos séculos várias denominações: neurastenia, síndrome da fadiga pós-viral, encefalomielite miálgica e mononucleose crônica. Alguns autores classificam a SFC como uma enfermidade da mesma família que a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável e o distúrbio do estresse pós-traumático.

             Hoje tem sido entendida como uma moléstia bastante incapacitante, pouco conhecida, com incidência de 1% na população, mas com estimativas superiores quando se usam modelos diagnósticos menos rígidos , em geral com bom prognóstico e sobretudo sub-diagnosticada ( 80% dos pacientes não tem diagnóstico).

             Ela se caracteriza por fadiga em período igual ou superior a seis meses acompanhando pelo menos quatro dos seguintes sintomas abaixo segundo a orientação da International Chronic Fatique Syndrome Study Group (ICFSSG):

-Sono não reparador
-Dores musculares
-Dores em várias articulações, mas sem sinais inflamatórios ( reumáticos)
-Dor de cabeça
-Dor de garganta
-Gânglios dolorosos e inflamados
-Alteração da memória recente
-Alteração da concentração
-Fraqueza intensa que persiste por 24 horas após atividadefísica.
-Cefaleia recorrente
- Febre baixa
-Alterações do sono ( Hipersonia ou insônia)

            Naturalmente seu diagnóstico é feito por exclusão e  sabe-se também que acomete mais mulheres (sobretudo brancas e jovens) que homens na proporção de 8:2 e alguns estudos mostram que os sintomas na sua maioria das vezes são prolongados podendo durar de 37 a 56 meses.

            Infelizmente esta moléstia é pouco diagnosticada na maioria das vezes, sendo atribuído a vida agitada, estresse, dietas inadequadas e sedentarismo como raiz do problema, o que apenas retarda o diagnóstico e inicio do tratamento. 
           Outras causas médicas de cansaço que devem ser pesquisadas nestes casos são:
-doenças cardiovasculares,
-álcool e drogas,
-depressão,
-doenças autoimunes,
- apneia do sono, obesidade,
- tumores malignos,
- infecções
- endocrinopatias,
- intoxicação por pesticidas ,
- intoxicação por metais pesados ou agentes químicos tóxicos
- sensibilidade química múltipla.

            Os tratamentos até o momento propostos seguem as recomendações da ICFSSG e se baseiam na redução e se possível na eliminação dos sintomas. Atividade física leve e suportável é desejável e mudança no estilo de vida evitando tarefas exaustivas ( mentais e físicas) parece bastante razoável, além de medidas antistress.

           Os resultados irão depender das respostas individuais, levando em conta que  existe um tempo de restabelecimento normal das glândulas suprarrenais, sensíveis aos diversos níveis de stress, capaz de reduzir  a capacidade funcional do sistema imunológico por aumento  ou  por diminuição da liberação do cortisol, agudo ou crônico.

         A fadiga crônica parece estar bastante relacionada a estas duas formas de estresse sendo que na fase aguda existe óbvia ação mais intensa do cortisol e o indivíduo está mais suscetível a infecções enquanto nas formas mais crônicas, surgem fenômenos inflamatórios e auto imunológicos onde a síntese do glico corticóide pela suprarrenal já está pouco comprometida.
  
Devemos ter em conta que o assunto ainda é bastante controverso e carece de maiores investigações para se transformar em um tratamento padrão, sendo, atualmente, individualizado e personalizado, atendendo às necessidades peculiares de cada paciente, onde, o correto diagnóstico e o início precoce do tratamento oferece melhora na qualidade devida das pessoas, desde a fase inicial de tratamento.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Visita do Dr. Rey na Clínica Dra. Tatiana Cunha

O Spa Médico Orgânico apresentou a Palestra feita pelo Dr. Robert Rey, renomado cirurgião plástico, apresentador do programa TV Dr. Hollywood que foi veiculado em 173 países.


Dr. Robert Rey veio a Campo Grande e abordou temas relacionados à saúde, bem estar, qualidade de vida, além de falar sobre sua trajetória de sucesso. O qualificado Dr. Rey fez questão de conhecer a Clínica Dra. Tatiana Cunha e elogiou sua estrutura.
A Crítica

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que são as Gorduras Trans?

Foto por Google Imagens

As indústrias de alimentos estão obrigadas a produzir rótulos com informações mais detalhadas. Os rótulos precisaram se adequar a novas regras criadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A principal dessas mudanças, é a incorporação da quantidade de gorduras trans existente no produto, informação que não existia na maior parte dos rótulos.

Mas afinal, o que são as gorduras trans? Para responder a esta questão, o site da SBEM ouviu o Dr. José Egídio, nutrólogo e endocrinologista membro da SBEM RJ.

As gorduras trans estão presentes principalmente em alimentos como margarinas, biscoitos, batatas fritas e comidas de consumo rápido, como hambúrgueres. Essas substâncias tornaram-se conhecidas depois que foram substituídos os óleos de origem animal pelos de origem vegetal. Com essa substituição, pretendia-se que a população consumisse menos colesterol, já que os óleos vegetais são isentos. Mas a medicina só veio conhecer a fundo as gorduras trans há poucos anos, a partir de estudos feitos, inicialmente, no final dos anos 1990.

O que não se sabia é que as gorduras trans também são danosas à saúde. De acordo com o Dr. José Egídio, essas substâncias são em grande parte as responsáveis pela epidemia de obesidade que acomete os Estados Unidos, com seus hábitos sedentários e lanches rápidos, os internacionalmente conhecidos fast food. Sabe-se hoje que as gorduras trans estão relacionadas também ao aumento de casos de Síndrome Metabólica, uma doença que é fruto da junção de vários outros problemas como a obesidade e o diabetes.

O Dr. José Egídio explica que as gorduras trans têm, na maioria das vezes, “origem na hidrogenação do óleo vegetal de soja. Este processo é realizado, por exemplo, para dar o aspecto sólido da manteiga”. Também conhecidas como ácidos graxos, “essas substâncias estão relacionadas com o aumento da síntese do colesterol”. O especialista explica que da mesma forma que a gordura de origem animal, a melhor recomendação para o consumo das gorduras trans é que seja feito de modo restrito, com ingestão limitada. A recomendação tem base em diretrizes da Associação Americana de Cardiologia (AHA).

De acordo com o especialista, não é possível quantificar um teto máximo para a ingestão das gorduras trans. No entanto, algumas dicas podem ser seguidas, como o consumo de ácidos graxos de cadeia longo poli e monossaturados, ou seja, é recomendado o consumo de óleos como o de oliva, semente de girassol e óleo de soja. Esses óleos, além de serem isentos de gorduras trans, são associados à proteção de doenças cardiovasculares. Uma prova disso é a culinária mediterrânea, que é alvo de vários estudos, pois está associada à longevidade da população local. Lá, o óleo de oliva é base da alimentação.



Por Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia