quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Climatério e menopausa







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Climatério e menopausa não são sinônimos. Climatério é uma fase de limites imprecisos na vida feminina; compreende a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Menopausa, ao contrário, tem data para começar: a da última menstruação da vida.
Enquanto o homem espalha centenas de milhões de espermatozóides a cada ejaculação, a mulher investe toda a energia na produção de um único óvulo por mês. Todos os óvulos que produzirá terão sua origem em células germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no instante do nascimento. As meninas nascem com um a dois milhões dessas células germinativas.
Em cada ciclo menstrual um comando hormonal complexo recruta um grupo de folículos para produzir o óvulo daquele mês. Os que perderem a oportunidade enfrentarão a impiedosa seleção natural, e morrerão. Por causa dessa competição, quando chegar a primeira menstruação, o número de folículos estará reduzido a cerca de 400 mil.
Os folículos em luta para formar óvulos são os principais produtores dos hormônios sexuais que fazem a fama das mulheres. O folículo é a unidade funcional do ovário. Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram. Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações de estrogênio e progesterona caem irreversivelmente.
De cada quatro mulheres, pelo menos três experimentam sintomas desagradáveis no climatério. As ondas de calor resultantes de sintomas vasomotores são os mais típicos; estão presentes em 60% a 75% das mulheres. Surgem inesperadamente como crises de calor sufocante no tórax, pescoço e face, muitas vezes acompanhadas de rubor no rosto (a temperatura da pele chega a subir cinco graus), sudorese (que pode ser profusa), palpitações e ansiedade. As crises geralmente duram de um a cinco minutos e podem repetir-se diversas vezes por dia.
A queda dos níveis dos hormônios sexuais altera a consistência do revestimento da vagina, da uretra e das fibras do tecido conjuntivo que conferem sustentação à mucosa dessas regiões. Podem surgir incontinência urinária, ardência à micção, facilidade para adquirir infecções urinárias e corrimentos ginecológicos. Os músculos que formam o assoalho responsável pela sustentação dos órgãos genitais e bexiga urinária enfraquecem e podem surgir prolapsos (útero e bexiga caídos). Os pêlos pubianos ficam mais ralos, os grandes lábios mais finos, a mucosa vaginal perde elasticidade e flexibilidade podendo sangrar e doer à penetração. Diminuição da resposta à estimulação clitoriana, secura vaginal e redução da libido são queixas freqüentes. A fisiologia do orgasmo, no entanto, não é alterada.
A falta de estrogênio resseca e torna a pele mais fina, enrugada, menos elástica e as unhas frágeis. Os pelos pubianos e axilares se tornam mais ralos. O colágeno da derma mais profunda começa a ser perdido a uma velocidade média de 2% ao ano, durante os 10 primeiros anos de menopausa.
Ricas em receptores para estrogênio e progesterona, as células das glândulas mamárias se hipotrofiam com a falta desses hormônios. O espaço deixado entre elas é substituído por tecido gorduroso. As mamas se tornam mais flácidas, o mamilo fica mais achatado e perde parcialmente capacidade de ereção.
A partir da menopausa, 1% a 4% da massa óssea é reduzida a cada ano que passa. A perda é mais sentida nas vértebras e nas extremidades dos ossos longos. Mulheres de raça branca ou amarela, baixa estatura, peso corpóreo baixo e com história familiar de osteoporose são mais suscetíveis. Além desses, há fatores evitáveis que aumentam o risco de perda óssea: dietas pobre em cálcio, com excesso de vitamina D, ingestão exagerada de cafeína, de álcool, tabagismo, vida sedentária e o uso de certos medicamentos.
Através de mecanismos mal conhecidos, menor produção de estrogênio modifica os níveis de dopamina, noradrenalina e serotonina em certas áreas do sistema nervoso central. Como conseqüência, as mulheres no climatério estão sujeitas a quadros depressivos, dificuldade de memorização, irritabilidade, melancolia, crises de choro, humor flutuante e labilidade emocional.
Mulheres de 45 a 55 anos, que ainda menstruam, apresentam apenas um terço das doenças cardiovasculares dos homens nessa faixa etária. A chegada da menopausa aumenta gradualmente a incidência dessas enfermidades no sexo feminino, até igualar-se a dos homens ao redor dos 70 anos.


Drauzio Varella





quarta-feira, 24 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sedentarismo mata tanto quanto cigarro, diz estudo


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Um estudo divulgado a poucos dias do início das Olimpíadas diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo.

A pesquisa, publicada na revista médicaLancet, estima que um terço dos adultos não têm praticado atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon, diz o estudo.
Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma pandemia.

Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.
Segundo a equipe de 33 pesquisadores vindos de centros de vários países diferentes, os governos deveriam desenvolver formas de tornar a atividade física mais conveniente, acessível e segura.

Um dos coordenadores da pesquisa é Pedro Hallal da Universidade Federal de Pelotas. "Com as Olimpíadas 2012, esporte e atividade física vão atrair uma tremenda atenção mundial, mas apesar do mundo assistir a competição de atletas de elite de muitos países, a maioria dos espectadores será de sedentários," diz ele.

"O desafio global é claro: tornar a prática de atividades físicas como uma prioridade em todo o mundo para aumentar o nível de saúde e reduzir o risco de doenças".
No entanto, a comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas.

Se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, o número de fumantes é bem menor do que o de sedentários, tornando o tabaco muito mais perigoso.
Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, "quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer".

América Latina

Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama e do cólon. No Brasil, esse número sobe para 13,2%.
Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. O com a população menos sedentária é a Guatemala.

A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer de cólon.

No Brasil, ela é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.

A doutora I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, assinalou que todos esses casos poderiam ter sido prevenidos se a população de cada país e cada região fosse mais fisicamente ativa.

Ela diz que na região das Américas poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer de cólon.

Desafio global

É recomendado que adultos façam 150 minutos de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, toda a semana.

O estudo indica que as pessoas que vivem em países com alta renda per capita são as menos ativas. Entre os piores casos está a Grã-Bretanha, onde dois terços da população não se exercitam regularmente.

A presidente da Faculty of Public Health, órgão que formula políticas e normas de saúde pública da Grã-Bretanha, professora Lindsey Davies, diz que "precisamos fazer o possível para que as pessoas cuidem da sua saúde e façam atividade física como parte da vida cotidiana".

"O ambiente em que vivemos tem um papel importante. Por exemplo, pessoas que se sintam inseguras no parque mais próximo vão evitar de usá-lo."

Por Nick Triggle da BBC News

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Síndrome Metabólica


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Síndrome Metabólica? O que É Isso?

Muito tem se falado a respeito da Síndrome Metabólica. Mas, afinal o que significa isso? 
Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven, observou que doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estavam, muitas vezes, associadas à obesidade. E mais que isso, essas condições estavam unidas por um elo de ligação comum, chamado resistência insulínica. A valorização da presença da Síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença cardiovascular. Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior.

A insulina é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la às células do nosso organismo. A ação da insulina é fundamental para a vida. Mas, a insulina também é responsável por inúmeras outras ações no organismo, participando, por exemplo, do metabolismo das gorduras. Resistência insulínica corresponde então a uma dificuldade desse hormônio em exercer suas ações. Geralmente ocorre associada à obesidade, sendo esta a forma mais comum de resistência.

Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) - americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.

E você, Tem Síndrome Metabólica?

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
·         Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
·         Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85 mmHg;
·         Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
·         Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;
·         HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres

Eu tenho Síndrome metabólica: e agora?

Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Em alguns casos o uso de medicação se faz fundamental. Um endocrinologista pode avaliar e orientar seu caso especificamente.

Consultoria: Mônica de Oliveira - Comissão de Novas Lideranças

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Diário da Dieta: Como foi a minha bioimpedância


Eu amo fazer exames. Estou bem longe de ser hipocondríaca ou qualquer coisa parecida, mas é que eu gosto mesmo de conferir minha saúde de uma maneira mais objetiva e de preferência através de números. Adoro abrir o exame de sangue por exemplo e “gabaritar” todos os índices: leucócitos, colesterol, glicemia, etc… Deve ser por isso que amei tanto fazer a bioimpedância, achei o exame minha cara.

A Bioimpedância é um exame que mede os percentuais de gordura, massa magra e água corporal.Ela é muito mais precisa que uma avaliação física de academia porque ela é feita através de eletrodos que são conectados pelas mãos e pés e fazem com que uma corrente elétrica de baixíssima intensidade passe pelo nosso corpo. Mostrando com exatidão, através da frequência dessa corrente, todas as características de composição corporal.

Fiz o exame na Clínica da Dra. Tatiana Cunha que agora é colaboradora aqui no blog também. A Clínica é linda, lá na Berrini, e meu exame estava marcado para as 17hs. Oito horas antes do exame não pude fazer nenhum tipo de exercício, e quatro horas antes não podia comer nenhuma refeição pesada.

No caso da clínica em que eu fiz a bioimpedância ela é realizada atraves de uma balança especial. Funciona assim, você fica só de lingerie, sobe na balança, posiciona os pés nos dois sensores de baixo e segura os dois sensores de cima com as mãos. Então a enfermeira coloca a sua idade e altura na balança e ela começa a tocar uma musiquinha bonitinha (adorei essa parte) e a fazer a medição.

A corrente elétrica vai passando por cada parte do seu corpo, braço direito, braço esquerdo, tronco, perna direita e perna esquerda. Depois disso a balança imprime um papel com o seu resultado desse jeito:


Como várias pessoas já tinham me alertado esse exame mostrava uma taxa de gordura bem maior do que a que costumamos obter nas avaliações feitas na academia então eu já fui meio que preparada para o pior.

Mas no final eu achei que o resultado mostrou realmente o que eu esperava.
Todas as minhas taxas de gordura, massa magra, água corporal, TUDO está dentro do normal (a academia diária serve sim para alguma coisa!). Esse primeiro quadrante mede a água corporal, proteínas, minerais e massa de gordura.



Depois vem o músculo e gordura.


E por último o diagnóstico de obesidade, com o temido Percentual de Gordura Corporal:


Eu já estava esperando um percentual de gordura bem maior do que o da academia, e já fiquei bem feliz por ela estar dentro do índice de “normalidade”. Mas poderia ser menor, né? Na bioimpedância a taxa de gordura deu 27%, comparado com os 21,6% da minha última avaliação na academia é diferença pra caramba!

Bom, mas a parte que eu mais curti o exame é que além dele medir todas as porcentagens e índices direitinho ele te indica o peso ideal que você deve alcançar e mais do que isso, ele mostra o quanto de gordura você deve perder e o quanto de massa magra você tem que ganhar.






No meu caso, eu tenho que perder 2,8kg de gordura e ganhar 800 gramas de massa magra. No final irá totalizar só 2 quilos a menos na balança, sendo que meu peso ideal será 54,4kg. Achei demais, porque era mais ou menos meu objetivo mesmo, eu queria emagrecer 3 quilos de gordura para chegar nos 53, e a bioimpedância mostrou que tenho que emagrecer 3 quilos de gordura, MAS sem esquecer de ganhar massa magra.

Depois do exame eu cheguei a conclusão que tenho que ajustar um pouquinho a minha dieta. Não só em termos de calorias, mas principalmente na qualidade dos alimentos, que no meu caso seria ingerir mais proteína. O certo seria eu ir até uma Nutricionista Esportiva, mas como estou meio sem grana para isso, estou pensando muito em comprar um Whey Protein de qualidade para experimentar uma dieta um pouco mais específica para quem quer perder gordura sem perder a massa magra. Acho que vai ser essencial pro meu objetivo.

Mas, eu só tenho um mês antes das minhas férias. E eu ainda não sei muito bem como vou fazer para me exercitar nesse período. Talvez eu só corra, talvez me exercite usando o sistema P90X (dica daCamys), ainda não sei. Só sei que dia 16/09 é a Maratona de Revezamento Pão de Açúcar e eu já estou inscrita para correr 10K!
Em todo caso meu objetivo até entrar de férias é voltar para a faixa dos 55kg (ainda estou na faixa dos 56 que entrei por causa das comilanças humpf!). Aí nas férias vou fazer de tudo para manter meu corpo sem muitos sacrificios, nem muitas jacadas também.rsrs

Um passo de cada vez e a gente chega lá!

Beijo, beijo, beijo para casar

Por Camis in wonderland