quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Os benefícios da vitamina D à saúde

Pesquisas mostram que o nutriente está relacionado não apenas ao fortalecimento dos ossos, mas também à prevenção de doenças como diabetes e câncer


A vitamina D, exaustivamente estudada por cientistas ao redor do mundo, costuma dividir opiniões na comunidade médica. O nutriente pode ser encontrado em alimentos como bacalhau, salmão, leite e gema de ovo, mas sua fonte principal é o sol — o pivô da discordância. Enquanto alguns médicos defendem que a única maneira de garantir quantidades suficientes da vitamina é por meio do banho de sol sem o uso de protetor solar, outros defendem que a cota deve ser obtida com alimentos e suplementos.
Independentemente da fonte, a vitamina D traz diversos benefícios à saúde. O nutriente promove a absorção de cálcio e protege contra males ligados ao sistema ósseo, como fraturas e osteoporose. Mas não é só isso. Saiba o que mais a ciência já provou sobre a vitamina D.


Oito benefícios associados à vitamina D
Ter baixos níveis de vitamina D durante a gravidez significa transmitir menor quantidade do nutriente ao futuro bebê — o que pode ocasionar uma série de problemas. Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de vitamina D faz com que as mulheres deem à luz bebês com baixo peso, já que sem o nutriente a absorção de cálcio pelo organismo é prejudicada, e o crescimento ósseo, reduzido. Outra pesquisa, britânica, provou que filhos de mães com baixos níveis da vitamina têm chances 5% maiores de desenvolver esclerose múltipla na idade adulta. 
A vitamina D é especialmente benéfica para idosos. Um estudo suíço mostrou que 20 microgramas diários do nutriente ajudam a evitar fraturas nas pessoas mais velhas, já que a vitamina auxilia na absorção de cálcio pelo organismo, fortalecendo os ossos. De acordo com outro estudo, realizado na Dinamarca, a ingestão de suplementos de cálcio e de vitamina D faz com que os idosos tenham maior expectativa de vida, reduzindo em 9% as chances de mortalidade em um período de três anos.
A vitamina D pode ser aliada na luta contra o diabetes tipo 2. Em uma entrevista no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’ (O poder de cura da luz do sol e da vitamina D, em tradução livre), o médico Michael Holick afirma que a falta da substância pode agravar os efeitos do diabetes tipo 2 no organismo. Isso porque a vitamina D regula a secreção de insulina pelo pâncreas e pode aumentar a sensibilidade ao hormônio. Já uma pesquisa alemã afirma que as propriedades anti-inflamatórias da vitamina protegem o organismo contra a doença.
Segundo Michael Holick no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’, a vitamina D possui a capacidade de regular o crescimento celular. Por isso, pessoas que vivem em países onde a incidência dos raios solares é menor são mais propensas à deficiência de vitamina D e ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.     
A vitamina D é capaz de estimular as defesas naturais do corpo, diminuindo o risco de infecções. Reforçando essa ideia, um estudo apresentado nos Estados Unidos provou que a razão pela qual os obesos têm mais alergias do que pessoas de peso normal está justamente na deficiência de vitamina D — a relação entre excesso de peso e a diminuição do nutriente no organismo já foi cientificamente comprovada. 
Diversos estudos científicos já comprovaram a contribuição da vitamina D para a saúde pulmonar. Segundo um trabalho publicado no periódico 'American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine', em caso de infecção pulmonar, o nutriente é capaz de acelerar os efeitos do tratamento medicamentoso. Outro estudo, realizado pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que a vitamina D tem um efeito protetor contra os efeitos do tabagismo na função pulmonar. De acordo com os pesquisadores, a falta do nutriente prejudica ainda mais a atividade dos pulmões dos fumantes.
Segundo uma revisão de estudos realizada no Canadá, os resultados de testes cognitivos em pessoas com Alzheimer pioram quando a concentração de vitamina D está baixa. Os cientistas não sabem ainda, contudo, que condição dá origem à outra — se é a falta de vitamina D que ocasiona o Alzheimer, ou o contrário. 

Cientistas da Universidade da Dinamarca acompanharam mais de 10 000 pessoas por 29 anos e constataram: o risco de infarto e morte aumenta quando há deficiência de vitamina D no organismo. O nutriente participa do controle das contrações do músculo cardíaco. Além disso, quando seus níveis estão baixos, pode haver acúmulo de cálcio nas paredes das artérias, favorecendo a formação de placas que aumentam a probabilidade de infarto e derrame.


Por Veja

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Motivos Para Consumir Orgânicos

-Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.

-Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.

-Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.



quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Como hormônios femininos determinam as fases da vida da mulher?


As mulheres nascem com milhares de folículos ovarianos que ficam "adormecidos" até que, através do estímulo do hipotálamo, passam a se tornar "maduros". Os hormônios femininos, estrogênio e progesterona, são produzidos nos folículos ovarianos sob o controle de uma outra glândula, a hipófise, que através da liberação dos hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) vai comandar toda a variação nos níveis desses hormônios em nosso organismo, determinando as diferenças que ocorrem em cada fase da vida da mulher.

A puberdade é um momento marcante quando o corpo da menina começa a tomar forma de mulher, e ela se torna fértil. A cada ciclo menstrual pelo menos um folículo ovariano se desenvolve e passa a produzir hormônios. Na primeira fase do ciclo, predomina a produção de estrogênio, e na segunda fase (após a ovulação), predomina a progesterona. Entendendo esse mecanismo fica fácil entender por que somos chamadas "mulheres de fases". 

Essas variações dos hormônios femininos são responsáveis pelas mudanças no humor, na disposição e até na pele e cabelos que ocorrem a cada ciclo menstrual. Por exemplo, o estrogênio está relacionado à melhora na disposição, no humor e na libido, estimula a independência e a capacidade de planejamento. Já quando a progesterona passa a ser produzida em maior quantidade – o que ocorre após a ovulação, com objetivo de assegurar a integridade de uma possível gravidez – vai levar aos sintomas da famosa Tensão Pré-Menstrual (TPM). Isso explica a irritabilidade, baixa autoestima, sintomas depressivos e distúrbios do sono, típicos dessa fase. Além disso a pele fica menos brilhante, o cabelo fica oleoso, existe retenção de líquidos com inchaço e dor mamária, aumento do apetite e redução da libido. Quando não ocorre a fecundação há uma queda nos níveis dos dois hormônios femininos, e a camada preparada dentro do útero para receber o bebê começa a descamar, produzindo a menstruação.

A menstruação costuma se repetir a cada mês, com intervalos regulares. É normal que o ciclo menstrual tenha um intervalo com alguns dias de variação para mais ou para menos. Quando a menstruação ocorre em intervalos irregulares, é possível que existam alterações nos hormônios femininos como a síndrome dos ovários policísticos, causa comum de atraso menstrual. Em associação pode haver excesso de pêlos, acne e distúrbios metabólicos, como o pré-diabetes, entre outros. Nesse caso uma, avaliação clínica deve ser feita com realização de exames que irão confirmar o diagnóstico.

Quando o óvulo é fecundado ocorre a gravidez, outro período marcado por mudanças muito especiais.

Menopausa: Mais variações nos níveis dos hormônios femininos

O ciclo menstrual se repete a cada mês até que os folículos comecem a ficar escassos, abrindo caminho para a chegada da menopausa (data em que ocorre a última menstruação). Nessa fase, a mulher sofre novamente com as variações nos níveis dos hormônios femininos. A falta do estrogênio está associada a uma queda nos níveis da serotonina, que pode levar a distúrbios do humor. Começam as ondas de calor e ocorre uma mudança na distribuição da gordura corporal, que passa a se depositar mais no abdômen. Além disso o metabolismo fica mais lento, o que explica por que apesar de manter a mesma rotina de dieta e exercícios o peso aumenta.

As consequências dessas mudanças não são apenas estéticas, pois o aumento da gordura chamada "visceral" está associada ao aparecimento da resistência à insulina (maior predisposição ao Diabetes), aumento dos níveis da pressão arterial, do colesterol e dos triglicerídeos. Ou seja, enquanto não entra na menopausa, a mulher está mais protegida contra essas alterações metabólicas que na pós-menopausa aparecem com maior frequência, culminando com um aumento no risco de desenvolver doenças cardiovasculares – nessa fase essas doenças passam a ter um risco semelhante ao que ocorre nos homens. A falta do estrogênio também leva a uma perda progressiva de massa óssea (osteopenia e osteoporose), principalmente nos primeiros anos pós menopausa.

Atualmente as mulheres passam pelo menos um terço de sua vida na pós-menopausa, então cada vez mais é importante reconhecer as indicações precisas da reposição dos hormônios femininos, e além disso fazer a prevenção de todas as moléstias características dessa fase da vida.



Por  Endocrinologia Curitiba